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A mostrar mensagens de abril, 2024

A NORMALIZAÇÃO DA DIREITA RADICAL

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  Sobre a normalização da direita radical 1 .As consequências, em sangramento de vidas e em tratamento profundamente desumano de milhões de pessoas, em regimes - totalitários , autoritários , ditatoriais , no século XX, em diferentes partes do mundo - assentes em ideologias nas quais o racismo , o nacionalismo ou a xenofobia tinham lugar preponderante fizeram com que ideias, crenças, preferências políticas e sociais deste jaez ( extrema-direita e/ou direita radical* ) se tornassem interditos do/no espaço público. 2 .Assim, e face aos padrões sociais vigentes, a expressão de preferências políticas e sociais de tipo racista ou xenófobo , por exemplo, passou a merecer séria censura (social). Em face da mesma, procurando evitá-la, evadindo-se de recriminações , quer em contexto de inquéritos sociais (de tipo científico ), quer em conversações em grupos minimamente alargados, quase todos os cidadãos, em diferentes países, abstinham-se de indicar qualquer filiação em mundividências

TEATRO, POLÍTICA, PAÍS

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  Ontem, um salto ao Porto, para assistir, no Teatro Nacional de São João , a "Fado Alexandrino", o tour de force de Nuno Cardoso , a partir do romance homónimo de António Lobo Antunes . O antes, o durante e o depois da Revolução de Abril de 74, numa peça e num livro que terminam a perguntar, muito filosoficamente, se somos mais nós que mudamos o mundo, ou este que nos muda mais a nós.

OUSAR A ESPERANÇA

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  Ousar a Esperança   1 . Susan Neiman entende por progresso “ a ideia de que as pessoas podem trabalhar em conjunto para melhorar significativamente as condições reais das suas vidas e das dos outros ” (p.109). Esta concepção afasta-se tanto da perspectiva de que este, o progresso , se enlaça num trilho (humano) em linha recta e é inevitável (e “ muitas passagens de Hegel fazem [de facto] essa afirmação, e a História não a confirmou exatamente ”, p.110), como não o interpreta em chave de um acquis a que, chegados , enquanto sociedade estejamos livres de o ver desmoronar-se; quer dizer, o retrocesso é, efectivamente, possível (p.111; lembremos as noções difundidas, até Fevereiro de 2022, de imersão em um estádio de superação [ ou, nas suas formas mais suaves , “implausibilidade”] da “guerra”, na história recente da humanidade (em particular, na Europa), como um adquirido - por contraponto). Quando Neiman se refere a “progresso” não se encontra a aludir, bem entendido, ao “ progr