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A mostrar mensagens de dezembro, 2022

BENTO XVI - MAGNO

  BENTO XVI - MAGNO 1.A última encíclica de João Paulo II data de 2003. Para acedermos, porém, à penúltima carta encíclica do Papa polaco necessário é recuarmos 5 anos, a 1998. Nos últimos anos de vida e do seu pontificado, João Paulo II surge, já, muito debilitado, mas a Igreja vê no seu labor um testemunho em favor da plena humanização de todos os enfermos, da integração humana do sofrimento, da revalorização da velhice e dos doentes, sendo saudado, sempre, com grande afecto, por incontáveis multidões. Quando um novo Conclave, com vista à eleição de um novo Papa, se dá, na Primavera de 2005, a imprensa produz e relata um imenso jogo de palpites e apostas: geografias a considerar na escolha do Sumo Pontífice; tendências doutrinárias a sopesar; cor da pele, inclusive, a ponderar. Entre os nomes incontornáveis, o do cardeal Ratzinger . Sobre ele recairão, nas semanas que se seguem à escolha do novo Papa, um conjunto de epítetos de pendor, claramente, negativo: “o rottweiler de Deus”, “

DAS CONVERSAS DO MUSEU DA VILA VELHA ÀS "CONVERSAS DE BASTIDORES" (NO TEATRO DE VILA REAL)

  DAS CONVERSAS DO MUSEU DA VILA VELHA ÀS "CONVERSAS DE BASTIDORES" (NO TEATRO DE VILA REAL) 1.No dia em que João Botelho sobe ao palco das “Conversas de Bastidores” (no Teatro de Vila Real), recordo as suas palavras, no Museu da Vila Velha, nos idos de 2008/2009: no seu tempo de estudante em Coimbra, um filme era visto por um conjunto de interessados “académicos”, estudantes curiosos e entusiasmados e, depois, discutido, detalhadamente, durante uma inteira semana; tal fazia parte, nobless oblige, da experiência, da vida universitária (de ampliar olhares para lá do “técnico”), do “curso”. Agora, assinalava João Botelho, um “gosto (gostei)”, “não gosto (não gostei)” é, as mais das vezes, tudo quanto fica no diálogo pós-película (entre os que ainda se deslocam a uma sala de cinema). Pedro Mexia, no Expresso, reiterá-lo-ia, aliás na senda do que podemos ler de diferentes cinéfilos e cineastas à escala internacional (“Em Nova Iorque, as salas que exibem filmes de arte e estrangei

O BUSCADOR APAIXONADO E EM VIAGEM PERMANENTE: SÃO PAULO, POR JOSÉ TOLENTINO DE MENDONÇA

  O buscador apaixonado e em viagem permanente: São Paulo, por José Tolentino de Mendonça Uma das mais importantes figuras da história e cultura do Ocidente, “um dos homens mais inovadores e que mais ideias trouxeram ao mundo”, Paulo de Tarso, São Paulo, exerce, ao longo dos séculos, um fascínio e influência consideráveis em domínios como o filosófico, o da ciência política, o religioso/teológico, provocando os maiores espíritos – para nos ficarmos pelos últimos cento e cinquenta anos, os de Nietzsche, Heidegger ou Karl Barth - a estudá-lo e a entrarem em diálogo com ele. José Tolentino de Mendonça, em “Metamorfose necessária. Reler São Paulo” (Quetzal, 2022), aporta um balanço da exegese contemporânea sobre Paulo e, nela, como (seu) timbre de uma Igreja em saída , sopesa, também, propostas de leitura/interpretação, daquele “autor fundamental do património espiritual da humanidade” e seus escritos, vindas de pensadores que, por assim dizer, se entenderiam menos “canónicos”, como Badi

GUERRAS JUSTAS?

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  "Decorreu, dia 7 de dezembro, o segundo café filosófico do ano. Ainda sobre a questão de saber se há guerras justas e com a presença do Professor Pedro Miranda, o debate contou com a presença de duas turmas de 10º ano: A e B.   A análise do caso de Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano que participou na tentativa (sem êxito)  de assassinar Hitler, em consequência do qual foi executado, permitiu algumas analogias com a situação atual. O que é legítimo fazer em situação de guerra? como podem os pacifistas permanecer alheados das consequências da guerra? Estas e outras questões, algumas muito pertinentes levantadas pelos alunos, permitiram clarificar o problema, perceber os seus contornos, contradições e paradoxos.  Agradecemos profundamente ao Professor Pedro Miranda, pela partilha e pela gentileza com que clarificou as dúvidas e questões dos alunos (que, entusiasticamente, permaneceram na sala já bem depois do toque de saída!)." blog da Biblioteca da Escola de São Pedro