PARA LÁ DO CINISMO, (H)A VIDA AINDA
PARA LÁ DO CINISMO, (H)A VIDA AINDA 1.Em “Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos” (Almedina, 2013), Boaventura Sousa Santos reconhecia que das pessoas que conhecera, nas últimas décadas, nos vários fóruns internacionais em que participava, mais implicadas na defesa dos direitos humanos, na luta contra a pobreza e as desigualdades sociais, na defesa da Casa Comum (de toda a criação), no voluntariado de ajuda ao próximo, na luta contra o racismo, na defesa dos direitos das mulheres ou dos mais velhos, contavam-se aqueles que o faziam motivados por um vínculo, primeiro e último - com a fonte que os religava a todos -, a que chamavam Deus (“fui observando como os activistas da luta por justiça sócio-económica, histórica, sexual, racial, cultural e pós-colonial baseiam frequentemente o seu activismo e as suas reivindicações em crenças religiosas ou espiritualidades cristãs, islâmicas, judaicas, hindus, budistas e indígenas. De certo modo, estas posições dão testemunho de subjectiv