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A mostrar mensagens de abril, 2025

QUE REPRESENTAÇÃO E QUE REPRESENTANTES POLÍTICOS?

  OUTRAS IDEIAS: QUE REPRESENTAÇÃO POLÍTICA? Em diferentes democracias, existindo, no conjunto da população, cerca de 40% de não diplomados , depois, nas assembleias nacionais, nos parlamentos, nas câmaras, a percentagem de pessoas em tal condição ascende a 5% ou 10% dos (nossos) representantes . Na Grécia Antiga, o sorteio para a escolha de representantes em cargos políticos durou certo lapso de tempo – e para aqueles que aceitavam ou se candidatavam a nele participar, como informa Rui Graça Feijó . Durante os anos da 'Grande Recessão', e quando a tecnocracia ou a epistocracia voltou a postular-se como alternativa à democracia, e com vista a uma ampla escuta e participação de sectores sociais que tendem a não estar presentes em deliberações fundamentais da polis – apesar de todos os “Orçamentos Participativos”, “Parlamentos Jovens”, “Conselhos Municipais da Juventude”…que, muitas vezes, diga-se, tendem, ainda, a reforçar grupos, já de si, advindos de meios com maior background...

HUMBERTO DELGADO - RETRATOS POLÍTICOS

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  HUMBERTO DELGADO - RETRATO POLÍTICO 1 .Por curiosidade, embora tenha passado à posteridade como “obviamente, demito-o”, e embora as diferentes formulações que ao general, naquele contexto, são atribuídas, signifiquem exatamente o mesmo, a resposta de Humberto Delgado , à pergunta de um jornalista, em conferência de imprensa, no café “Chave d’Ouro”, em Lisboa, a 8 de Maio de 1958, pelas 10h da manhã, acerca do destino político a dar a António de Oliveira Salazar , em caso de vitória de Delgado nas presidenciais daquele ano, não se tem como absolutamente segura: as nuances “Demito-o, obviamente”, ou “Demito-o, como é óbvio” são, igualmente, admitidas como verbo exato do candidato presidencial. 2 .A frase - qualquer das expressões vindas de mencionar se tenha revestido - reclama a leitura da Constituição de 1933: o Presidente da República tinha, com efeito, o poder de demitir o Presidente do Conselho . A afirmação não era, por isso, ilógica. Todavia, existindo esse poder “de jure...

"EL LOCO DE DIOS E EL LOCO SIN DIOS"

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  1 .”Louco de Deus” foi como Francisco de Assis (1181-1226) se retratou. Jorge Bergoglio é o primeiro Papa a escolher Francisco , remetendo a il poverello , como nome que utilizará enquanto Sumo Pontífice (remontando a uma tradição , a de se utilizar como Papa nome diverso daquele com que se nasce, que recua ao século XI ). E na medida em que surge, à boa maneira do que conta Arendt acerca da surpresa de quem no Vaticano encontrou em João XXIII um verdadeiro cristão (na cadeira de Pedro ), enamorado de Cristo e agindo de tal maneira que, na diferenciação e escândalo sobre o operar habitual (assim, cristão, se revelando), supondo, aliás, como verdade última a ressurreição da carne e a vida eterna , Javier Cercas identifica o Papa Francisco como “o louco de Deus”. Em rigor, como no-lo mostrará ao longo de “El loco de Dios en el fin del mundo” ( Random House , 2025) não apenas o Papa, mas, também e muito especialmente, os seus “soldados”, a fortiori os missionários , “ o lado...