LENDO AS DUAS MAIS RECENTES BIOGRAFIAS DE CAMÕES - E REGISTANDO AS LIÇÕES DE FREDERICO LOURENÇO SOBRE O TEMA
1 .Se Bill Bryson surpreendeu tudo e todos quando, depois de deixar sucessivas obras extremamente volumosas, na biografia que elaborou de William Shakespeare se ficou pelas 180 páginas – “é que só tenho três documentos acerca dele…” [1] -, sobre a vida de Luís Vaz de Camões prosseguem extensas peregrinações declinadas em livros de monta. E, no entanto, o que sabemos, com segurança , da vida de Camões, no registo de Frederico Lourenço , é que i) foi preso em 1552; ii) partiu/embarcou para a Índia em 1553 (documento, uma carta régia de perdão a Camões - por uma briga, perto do Rossio, na qual feriu um empregado do rei -, na Torre do Tombo , atesta-o); iii) voltou do Oriente em 1569 (data referida pelos dois primeiros biógrafos de Camões e “relativamente segura”); iv) a obra-prima “Os Lusíadas” foi publicada em 1572; v) morreu a 10 de Junho de 1580 (temos nota, de 1582 e redescoberto no século XIX, na Torre do Tombo que prova que Camões morreu nesta data, com renov...